sexta-feira, 17 de julho de 2009

Elas vivem para o namorado. PARTE 2


Na maior parte das vezes, não dá nada certo despejar sobre uma única pessoa os próprios pensamentos, a TPM, as tristezas e alegrias, enfim, tudo o que compõe o dia-a-dia. O receptor de tanta informação se sente carregando um peso. Os amigos estão aí, entre outras coisas, para que a gente tenha com quem dividir o que se passa na nossa vida. Com o tempo, a garota que vive em função do namorado vai se tornando desinteressante para ele não só porque se transforma em uma pessoa absorvente e dependente, mas também porque não tem boas histórias para contar – afinal, tudo o que ela vive é ao lado dele. É o caso, por exemplo, da menina que, todo fim de semana, em vez de ir ao cinema quando o namorado vai jogar futebol, prefere ficar na arquibancada da partida.

“Esse perfil carente é mais comum, principalmente, entre mulheres traumatizadas pela separação dos pais ou pela ausência deles”, diz a psicóloga Mara Pusch, professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). “O pior é que muitas vezes elas se sentem insatisfeitas com o amor do outro, porque o que querem, na verdade, é suprir uma falta. E a solução não está ali.”

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