sábado, 1 de maio de 2010


O que é essa coisa que constrói nossos sonhos, e depois vai embora?

Esses sonhos... Será que realmente são meus, ou são apenas produtos da minha imaginação?

Se são da minha imaginação, o que é que eu ando escondendo de mim mesmo... O que é que eu venho tentando mascarar? Talvez seja o meu medo, meu negrume... Talvez seja o que há de pior em mim.

Porque isso me provoca todas as vezes. Em momentos oportunos o que há de pior em mim se apresenta em um espelho. Mas eu tenho medo de ver o que reflete.

O medo do tempo que perdi... Construindo e acariciando algo que realmente, de verdade, não representava minha felicidade. Mas tenho medo em aceitar isso, não quero entender, não quero ver, pois é tão bom as vezes, mas as vezes também é tão ruim, pois começa a me cansar... Me tira todas as forças que até então, era somente destinadas a isso.
O que está me consumindo agora?
Me parece um prédio sem alicerces, e quem tenho que segura-ló para não cair... Segurá-lo em minhas costas. não quero entender que isso, seja uma pressão desnecessária... Criado por mim mesmo. Quero entender e perpetuar, que isso seja necessário, o esforço, para uma grande recompensa no final.
Mas esse final não chega, e a cada dia que passa vai se tornando mais pesado, denso.
Já não há mais alegrias, já não há mais sonhos, já não existem mais personagens... E os que existem, aos poucos vão se apagando... Lentamente a cada dia que passa. É angustiante pois, começo a perceber que estou ficando sozinho e que o próximo passo, é o meu prédio começar a ceder aos poucos, comigo dentro.
Talvez seja a hora, oportuna, de olhar no espelho e ver o que realmente reflete, de verdade... E mesmo que for forte o impacto, que seja ali na minha realidade crua, que eu construa um novo prédio. Cheio de sonhos... Não irreais!
Talvez seja a hora... De uma vez por todas.
Pois quando saio dos escombros, já me pego construindo outro... Sem alicerces.