domingo, 31 de janeiro de 2010

O que é essa gente?


O que é essa gente?
Por Angelo Vintecinco Neto


Pessoas maduras, conscientes e independentes em todos os aspectos, que exercem sua cidadania com responsabilidade e privilegiam o coletivo. Ou por trás da máscara temos: pessoas imaturas, principalmente no seu emocional, extremamente dependentes, irresponsáveis e egoístas.

O que é essa gente?

Em falando-se dos últimos acontecimentos, os desastres que a “chuva tem causado” através da “causa humana”. Está certo que políticos tem a sua responsabilidade quanto a administração, e a divisão das receitas mas, e nós? Qual é a nossa responsabilidade em relação a isso tudo?
Nada! Essa é a resposta de um povo atrasado na sua cultura sexualizada. Um povo sem educação, onde a frase do momento, foi citada por Herbert Vianna em um dos seus textos: “Pagando bem, que mal tem?”
Colhemos nossa plantação diariamente nessa época, são sofás, geladeiras, garrafas pet, lixos no geral que retornam para nossas casas, para termos retorno de nosso investimento na falta de educação.

O que é essa gente?

Acham normal e certo, dar escândalos em filas de supermercados, bancos, hospitais e etc. E ainda por cima achar que, estão fazendo a sua parte aos gritos e palavrões para a melhoria da situação. E dentro da arrogância e prepotência de uma pessoa 100% “correta”, sai feliz e satisfeita como se tivesse feito justiça. No outro dia, retorna no mesmo local, como se nada tivesse acontecido... Na fila.

O que é essa gente?

Inocentes ou culpados, ou... Submissos. Vivemos em um momento tão cruel mundialmente, guerras por petróleo, poder. Matamos em nome de Deus, para nos eximir da própria ignorância. Estamos nos tornando pessoas miseráveis, não de bolso, ou na fome... Mas de espírito. O rabo ta abanando o cachorro.

O que é essa gente?

Escolas servem não mais para educar mas, para reter crianças por um determinado tempo, dando aos pais liberdade... Para...?
Tal liberdade hoje, conquistada com muito sacrifício pelos, “intelectuais” que esta sendo usada de maneira delinquente!
Vendemos o corpo de nossas crianças, jogamos as mesmas pelas janelas, fazemos experiências com agulhas... As deixamos brincar no córrego em dia de chuva forte e, tentamos achar o culpado mesmo assim.

O que é essa gente eu não sei, e muito menos... Onde elas querem chegar!

Que Deus nos Ajude.


sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

A sensatez de Herbert Vianna.



Cirirgia de lipoaspiração?

Pelo amor de Deus, eu não quero usar nada, nem ninguém, nem falar do que não sei, nem procurar culpados, nem acusar ou culpar pessoas, mas ninguém está percebendo que toda essa busca insana pela estética ideal é muito menos lipo-as muito mais piração?
Uma coisa é saúde outra é obsessão. O mundo pirou, enlouqueceu. Hoje, Deus é auto imagem. Religião, é dieta. Fé, só na estética. Ritual, é malhação.
Amor é cafona, sinceridade é careta, pudor é ridículo, sentimento é bobagem.
Gordura é pecado mortal. Ruga é contravenção. Roubar pode, envelhecer não. Estria é caso de polícia. Celulite é falta de educação. Filho da puta bem sucedido é exemplo de sucesso.

A máxima moderna é uma só: pagando bem, que mal tem?

A sociedade consumidora, a que tem dinheiro, a que produz, não pensa mais em nada além da imagem, imagem, imagem, estética, medidas e beleza. Nada mais importa. Não importam os sentimentos, não importa a cultura, a sabedoria, o relacionamento, a amizade, a ajuda, nada mais importa.
Não importa o outro, o coletivo. Jovens não tem mais fé, nem idealismo, nem posição política. Adultos perdem o senso em busca da juventude fabricada.
Eu também quero me sentir bem, quero caber nas roupas, quero ficar legal, quero caminhar, correr, viver muito e ter uma aparência legal mas...
Uma sociedade de adolescentes anoréxicas e bulímicas, de jovens lipoaspirados, turbinados, aos vinte anos não é natural. Não é, não pode ser.
Que as pessoas discutam o assunto. Que alguém acorde. Que o mundo mude.
Que eu me acalme.
Que o amor sobreviva.

“Cuide bem do seu amor, seja ele quem for”

Herbert Vianna

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Músicas que falam por nós. (Cazuza)


O Tempo Não Pára
Composição: Cazuza / Arnaldo Brandão


Disparo contra o sol
Sou forte, sou por acaso
Minha metralhadora cheia de mágoas
Eu sou um cara
Cansado de correr
Na direção contrária
Sem pódio de chegada ou beijo de namorada
Eu sou mais um cara

Mas se você achar
Que eu tô derrotado
Saiba que ainda estão rolando os dados
Porque o tempo, o tempo não pára

Dias sim, dias não
Eu vou sobrevivendo sem um arranhão
Da caridade de quem me detesta

A tua piscina tá cheia de ratos
Tuas idéias não correspondem aos fatos
O tempo não pára

Eu vejo o futuro repetir o passado
Eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não pára
Não pára, não, não pára

Eu não tenho data pra comemorar
Às vezes os meus dias são de par em par
Procurando uma agulha num palheiro

Nas noites de frio é melhor nem nascer
Nas de calor, se escolhe: é matar ou morrer
E assim nos tornamos brasileiros
Te chamam de ladrão, de bicha, maconheiro
Transformam o país inteiro num puteiro
Pois assim se ganha mais dinheiro

A tua piscina tá cheia de ratos
Tuas idéias não correspondem aos fatos
O tempo não pára

Eu vejo o futuro repetir o passado
Eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não pára
Não pára, não, não pára

Dias sim, dias não
Eu vou sobrevivendo sem um arranhão
Da caridade de quem me detesta

A tua piscina tá cheia de ratos
Tuas idéias não correspondem aos fatos
O tempo não pára

Eu vejo o futuro repetir o passado
Eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não pára
Não pára, não, não pára

Video/clip no youtube:
http://www.youtube.com/watch?v=jSXMHJLVdGk&feature=player_embedded



Músicas que falam por nós. (Cazuza)


O Nosso Amor A Gente Inventa
Composição: Cazuza / João Rebouças / Rogério Meanda


O teu amor é uma mentira
Que a minha vaidade quer
E o meu, poesia de cego
Você não pode ver

Não pode ver que no meu mundo
Um troço qualquer morreu
Num corte lento e profundo
Entre você e eu

O nosso amor a gente inventa
Pra se distrair
E quando acaba a gente pensa
Que ele nunca existiu

O nosso amor
A gente inventa
Inventa
O nosso amor
A gente inventa

Te ver não é mais tão bacana
Quanto a semana passada
Você nem arrumou a cama
Parece que fugiu de casa

Mas ficou tudo fora de lugar
Café sem açúcar, dança sem par
Você podia ao menos me contar
Uma história romântica

O nosso amor a gente inventa
Pra se distrair
E quando acaba a gente pensa
Que ele nunca existiu

O nosso amor
A gente inventa
Inventa
O nosso amor
A gente inventa

Video/clip no youtube:
http://www.youtube.com/watch?v=nEGHpShsyd8&feature=player_embedded

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Depressão e síndrome do pânico podem ter influência espiritual?


Sexta, 22 de janeiro de 2010, 10h48

Andressa Tufolo

"Tudo começou na rua 25 de março, em frente à Ladeira Porto Geral. Senti uma palpitação profunda, falta de ar, uma sensação de que iria morrer, e pior, impotência para pedir socorro ou tomar decisões". Essa foi a descrição dos sintomas que a secretária Marcia Sato, 40 anos, sentiu em sua primeira crise de pânico no centro da cidade de São Paulo. Assim como ela, diversas pessoas na atualidade passam por esses e outros problemas que envolvem a mente.
A síndrome do pânico, a depressão e outras doenças psíquicas podem ter como causa outros fatores que não os físicos, segundo a doutrina espírita. De acordo com Renato Barioni, professor do tema no Centro Espírita Irmã Scheilla, nosso cérebro estaria sob influência de um espírito. "Por sermos entidades espirituais 'temporariamente encarnadas', estamos sujeitos a toda influência espiritual benigna de nossos bem feitores, ou até mesmo de irmãozinhos da oposição", disse.
Por que esses espíritos desencarnados causariam essa desordem? Os motivos são diversos. Eles podem ser espíritos obsessores por alguma inimizade de vidas passadas, e as pessoas podem também atrair energias por uma manifestação de mediunidade. De qualquer maneira, o espiritismo defende que é sempre um aprendizado passar por esses obstáculos. O fundamental é que todos mantenham o pensamento voltado para o bem e para a caridade, assim não entram em sintonia com essas baixas energias.
Após a primeira crise de pânico, Marcia decidiu enfrentar o problema. Ela procurou ajuda médica, fez exames e começou a tomar antidepressivos. "Eu era contra tomar remédios, mas foi preciso, do contrário, não sairia da crise", afirmou. Muito curiosa e preocupada com seu problema, Márcia começou a pesquisar na internet tudo relacionado ao tema, e através de artigos e conhecidos percebeu que poderia ter algo de anormal envolvido. Depois de seis meses tomando medicamento, ela foi a um centro espírita e explicou sua situação. Lá ela levou passes especiais (fluidoterapia). "Há cinco anos e meio frequento centros espíritas e posso dizer que minha vida voltou 95% ao normal. Acho que essas doenças são uma mistura de causas química, comportamentais e espirituais. Devemos cuidar dos três."
O professor Renato Barioni explica como é feito o tratamento espiritual. "O tratamento sempre é feito em etapas, com amor e dedicação. Primeiro a pessoa passa por um atendimento fraterno, que visa mensurar o problema e definir o melhor tratamento. Então a pessoa é encaminhada ao tratamento desobsessivo, quando for o caso, que incluí reposição de energias e até cirurgias quando necessário. Mas tudo isso não será permanente se a pessoa não mudar seus hábitos. Só conseguimos isso com a re-educação e entendimento da sua condição de espírito reencarnante. A pessoa deve estudar e praticar a caridade como profilaxia e defesa", afirmou.
Geralmente as pessoas procuram o tratamento espiritual depois de não encontrarem respostas e soluções nos recursos da medicina. O médico Franklin Ribeiro, psiquiatra, professor de psicologia médica da faculdade de medicina da USP e conselheiro do Hospital Psiquiatra Espírita João Evangelista, acredita neste tipo de tratamento. Apesar de muitos médicos ignorarem a questão, já existem avanços e linhas de pesquisas relacionadas ao tema. "De um modo geral os médicos não acreditam nisso. Eles enxergam a doença somente no cérebro. Em casos de transtornos muito acentuados, quadros diferentes, esses mesmos colegas médicos enviam o paciente para mim, perguntando: Será que é algo mais?", disse.
O médico leva seu conhecimento espiritual para dentro do consultório. Ao receber o paciente realiza a anamnese, espécie de entrevista, onde faz abordagens sobre a vida da pessoa, o contexto onde está inserida, e pergunta inclusive se tem alguma religião e qual o grau de envolvimento com ela. O segundo passo, e decisivo, é fazer uma série de exames para verificar se a doença não é realmente química, metabólica, ou até mesmo um quadro de repetições da mesma doença no histórico da família. Quando todas essas abordagens não funcionam bem, ele conversa com a pessoa e recomenda um tratamento espiritual. "Tenho a visão médica, psicológica e espiritual bem clara. Sei separar uma coisa da outra. Os exames são de suma importância. Não podemos relacionar tudo o que é doença com o espírito. O tratamento espiritual é complementar e não alternativo", afirmou.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Músicas que falam por nós. (Elis Regina)


O Bêbado e A Equilibrista
Composição: João Bosco e Aldir blanc


Caía a tarde feito um viaduto
E um bêbado trajando luto
Me lembrou Carlitos...

A lua
Tal qual a dona do bordel
Pedia a cada estrela fria
Um brilho de aluguel

E nuvens!
Lá no mata-borrão do céu
Chupavam manchas torturadas
Que sufoco!
Louco!
O bêbado com chapéu-coco
Fazia irreverências mil
Prá noite do Brasil.
Meu Brasil!...

Que sonha com a volta
Do irmão do Henfil.
Com tanta gente que partiu
Num rabo de foguete
Chora!
A nossa Pátria
Mãe gentil
Choram Marias
E Clarisses
No solo do Brasil...

Mas sei, que uma dor
Assim pungente
Não há de ser inutilmente
A esperança...

Dança na corda bamba
De sombrinha
E em cada passo
Dessa linha
Pode se machucar...

Asas!
A esperança equilibrista
Sabe que o show
De todo artista
Tem que continuar...
Video/clip no youtube:
http://www.youtube.com/watch?v=6kVBqefGcf4&feature=player_embedded

Músicas que falam por nós. (Elis Regina)


Águas De Março

Composição: Tom Jobim


É pau é pedra
É o fim do caminho
É um resto de toco
É um pouco sozinho...

É um caco de vidro
É a vida é o sol
É a noite é a morte
É um laço é o anzol...

É peroba do campo
É o nó da madeira
Caingá, Candeia
É o matita-pereira...

É madeira de vento
Tombo da ribanceira
É um mistério profundo
É o queira ou não queira...

É o vento ventando
É o fim da ladeira
É a viga é o vão
Festa da Cumeeira...

É a chuva chovendo
É conversa ribeira
Das águas de março
É o fim da canseira...

É o pé é o chão
É a marcha estradeira
Passarinho na mão
Pedra de atiradeira...

É uma ave no céu
É uma ave no chão
É um regato é uma fonte
É um pedaço de pão...

É o fundo do poço
É o fim do caminho
No rosto um desgosto
É um pouco sozinho...

É um estrepe é um prego
É uma ponta é um ponto
É um pingo pingando
É uma conta é um conto...

É um peixe é um gesto
É uma prata brilhando
É a luz da manhã
É o tijolo chegando...

É a lenha é o dia
É o fim da picada
É a garrafa de cana
Estilhaço na estrada...

É o projeto da casa
É o corpo na cama
É o carro enguiçado
É a lama é a lama...

É um passo é uma ponte
É um sapo é uma rã
É um resto de mato
Na luz da manhã...

São as águas de março
Fechando o verão
E a promessa de vida
No teu coração...

É uma cobra é um pau
É João é José
É um espinho na mão
É um corte no pé...

São as águas de março
Fechando o verão
É a promessa de vida
No teu coração...

É pau é pedra
É o fim do caminho
É um resto de toco
É um pouco sozinho...

É um passo é uma ponte
É um sapo é uma rã
É um belo horizonte
É uma febre terçã...

São as águas de março
Fechando o verão
É a promessa de vida
No teu coração...

-Pau, -Edra, -Im, -Inho
-Esto, -Oco, -Ouco, -Inho
-Aco, -Idro, -Ida, -Ol
-Oite, -Orte, -Aço, -Zol...

São as águas de março
Fechando o verão
É a promessa de vida
No teu coração...
Video/clip no youtube:
http://www.youtube.com/watch?v=xRqI5R6L7ow&feature=player_embedded#at=13

Jesus e Maria Madalena - Para os puros, tudo é puro.


No princípio de toda filosofia há um assombro, um maravilhamento; o assombro, por exemplo, diante da mudança e da impermanência de todas as coisas... e das questões que isso incita: Existe uma realidade que permanece dentre tudo aquilo que passa? O que resta quando não resta mais nada?
Quer respondamos através da substância , como os pré-socráticos, ou através da vacuidade, como no madyamika , isso não diminui em nada o assombro e leva a questão um pouco mais adiante: o que é a substância? Que experiência de vacuidade podemos fazer?...

O assombro de nossos contemporâneos não recai tanto sobre o ser ou o não ser quanto sobre o desejo (de viver) e o não desejo (de viver) e sobre aquilo que o sustenta ou o expressa, aquilo que, utilizando uma palavra mais ou menos redutora, chamaremos “a sexualidade”, outros preferirão “o élan vital”(Bergson), “a libido”(Freud) ou ainda, “a energia vital”, “força criadora”...
O assombro diante da sexualidade raramente é filosófico. As dificuldades de algumas funções e disfunções clamam por respostas mais pragmáticas e repelem todas as formas de especulação...
Uma abordagem menos trivial da sexualidade seria, então, impossível?

Psicólogos e sociólogos já responderam a diversas dessas questões, mas talvez ainda não tenham respondido ao nosso assombro fundamental, “de sermos um ser que deseja”. Se nos inclinarmos para o lado da teologia, nos assombraremos até mesmo diante do termo “da encarnação”; o Ser encarnado seria então um ser que deseja? Como se expressa esse desejo? Não apenas através das formas sublimes que conhecemos e que foram, algumas vezes, celebradas de maneira soberba pelas igrejas, mas, o que dizer da sexualidade do Cristo?

Para muitos essa questão não é mais da ordem do assombro, do maravilhamento, mas antes do estupor e para alguns, até mesmo da blasfêmia.
Por que?
Por que tais resistências, outrora e ainda hoje em dia? No entanto, a questão é importante, não apenas para melhor conhecermos o Cristo e para respeitá-lo em todas as dimensões de sua humanidade, mas também tendo em vista sua função “exemplar”, “arquetípica” e reveladora, para melhor conhecermos o ser humano na sua realidade sexuada, sendo esta considerada hoje em dia dimensão essencial de sua identidade e de seu advir (sua substância “e” sua falta), não apenas como lugar de transmissão da vida, mas como condição para nosso prazer ou para nosso desgosto pela vida.

Nossa abordagem permanece neste assombro, neste maravilhamento, ela não deseja ser nem polêmica, nem moralizante, nem dogmática, ela se questiona o mais honestamente possível acerca do realismo da encarnação, até aonde o Verbo se fez carne? Existem elementos da nossa humanidade que escapam à Sua luz e à Sua ternura?

Se o Amor encarnou-se na História e hoje em dia continua apenas pedindo para encarnar-se, como ele não o faria nas carnes que lhe são normalmente e naturalmente consagradas?
“Aquele que é carnal, o é até mesmo nas obras do espírito, aquele que é espiritual, o é até mesmo nas obras da carne” dizia Santo Agostinho.
Nós talvez tenhamos que redescobrir uma espiritualidade vivida dentro das obras do corpo e do quotidiano que respeitaria prioritariamente o Espírito d’Aquele que se fez homem e “inteiramente homem”, “a fim de que”, como dizem os Padres, “o homem se fizesse Deus”.

Porque, repetidas vezes, o Cristianismo nos apresentou a sexualidade como sendo algo aviltante, degradante, “mãe de todos os pecados” e raramente como algo divinizante, fonte da vida e da criatividade, participação à imagem e à semelhança do Deus Vivo e Criador.

Não deveríamos, assim hoje como ontem, ir procurar a sexualidade reduzida a seus apêndices nos sex-shop e outros locais obscuros, lá onde ela “enclausurou-se” e perdeu-se, e trazê-la de volta ao santuário que foi sua morada, seu “sacrum”, a câmara nupcial que é, de acordo com o Evangelho de Felipe, um templo aonde “oramos de verdade”?
O Cristo não veio salvar, curar e divinizar aquilo que estava perdido?

Não seria a vida sexual transfigurada, quer seja numa vida de casal ou em um celibato escolhido e assumido, a grande Aventura e Alquimia que devemos incessantemente descobrir e renovar? devolver a Deus um dos maiores dons que nos foram dados? e não pararmos de nos assombrar...

Jean Yves Leloup

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Músicas que falam por nós. (Tim Maia)


Me Dê Motivo
Composição: Michael Sullivan/ Paulo Massadas


-"É, engraçado, ás vezes a gente sente, e fica pensando
Que está sendo amado, que está amando, e que
Encontrou tudo o que a vida poderia oferecer
E em cima disso a gente constrói os nossos sonhos
Os nossos castelos, e cria um mundo de encanto onde tudo é belo
Até que a mulher que a gente ama, vacila e põe tudo a perder
E põe tudo a perder..."

Mê de motivo, para ir embora
Estou vendo a hora, de te perder
Mê de motivo, vai ser agora
Estou indo embora, o que fazer?
Estou indo embora, não faz sentido
Ficar contigo, melhor assim
E é nessa hora, que o homem chora
A dor é forte, demais pra mim

-"Já que você quis assim, tudo bem
Cada um pro seu lado, a vida é isso mesmo
Eu vou procurar e sei que vou encontrar
Alguém melhor que você, espero que seja feliz
No seu novo caminho, ficar contigo
Não faz sentido, melhor assim"...

Mê de motivo, foi jogo sujo
E agora eu fujo, pra não sofrer
Fui teu amigo, te dei o mundo
Você foi fundo, quis me perder
Agora é tarde, não tem mais jeito
O teu defeito, não tem perdão
Eu vou a luta, que a vida é curta
Não vale a pena, sofrer em vão

Pode crer você pôs tudo a perder
Não podia me fazer o que fez
E por mais que você tente negar, me dê motivo
Podes crer eu vou sair por aí
E mostrar que posso ser bem feliz
Encontrar alguém que saiba me dar
Me dar motivo
Me dar motivo

Video/clip no youtube:
http://www.youtube.com/watch?v=avEIJOYUMGc&feature=player_embedded

Músicas que falam por nós. (Tim Maia)


Azul da Cor do Mar
Composição: Tim Maia


Ah!
Se o mundo inteiro
Me pudesse ouvir
Tenho muito prá contar
Dizer que aprendi...

E na vida a gente
Tem que entender
Que um nasce prá sofrer
Enquanto o outro ri..

Mas quem sofre
Sempre tem que procurar
Pelo menos vir achar
Razão para viver...

Ver na vida algum motivo
Prá sonhar
Ter um sonho todo azul
Azul da cor do mar...

Mas quem sofre
Sempre tem que procurar
Pelo menos vir achar
Razão para viver...

Ver na vida algum motivo
Prá sonhar
Ter um sonho todo azul
Azul da cor do mar...
Video/clip no youtube:

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Músicas que falam por nós. (Maria Bethania)


Brincar de Viver
Composição: Guilherme Arantes


Quem me chamou
Quem vai querer voltar pro ninho
E redescobrir seu lugar
Pra retornar

E enfrentar o dia-a-dia
Reaprender a sonhar
Você verá que é mesmo assim, que a história não tem fim
Continua sempre que você responde sim à sua imaginação
A arte de sorrir cada vez que o mundo diz não

Você verá que a emoção começa agora
Agora é brincar de viver
E não esquecer, ninguém é o centro do universo
Que assim é maior o prazer

Você verá que é mesmo assim, que a história não tem fim
Continua sempre que você responde sim à sua imaginação
A arte de sorrir cada vez que o mundo diz não

E eu desejo amar todos que eu cruzar pelo meu caminho
Como eu sou feliz, eu quero ver feliz
Quem andar comigo, vem

Você verá que é mesmo assim, que a história não tem fim
Continua sempre que você responde sim à sua imaginação
A arte de sorrir cada vez que o mundo diz não.

Músicas que falam por nós. (Maria Bethania)


As Canções Que Você Fez Pra Mim
Composição: Roberto Carlos - Erasmo Carlos


Hoje eu ouço as canções que você fez pra mim
Não sei por que razão tudo mudou assim
Ficaram as canções e você não ficou
Esqueceu de tanta coisa que um dia me falou
Tanta coisa que somente entre nós dois ficou
Eu acho que você já nem se lembra mais

É tão difícil olhar o mundo e ver
O que ainda existe
Pois sem você meu mundo é diferente
Minha alegria é triste

Quantas vezes você disse, que me amava tanto
Tantas vezes eu enxuguei o seu pranto
Agora eu choro só, sem ter você aqui

Esqueceu de tanta coisa que um dia me falou
Tanta coisa que somente entre nós dois ficou
Eu acho que você já nem se lembra mais

É tão difícil olhar o mundo e ver
O que ainda existe
Pois sem você meu mundo é diferente
Minha alegria é triste

Quantas vezes você disse que me amava tanto
Quantas vezes eu enxuguei o seu pranto
E agora eu choro só sem ter você aqui

Músicas que contam nossas histórias.


Nos próximos dias, vou fazer postagens de letras de músicas que falam por nós.


Aquele tipo de música, letra que em algum momento se encaixou perfeitamente com um determinado momento da nossa vida.


Seja ela falando de amor, decepção, perda ou felicidade.


É uma homenagem também, aos poetas da música como:

Cazuza

Djavan

Tim Maia

Milton Nascimento

Ivan Lins... E outros mais.


segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Autoajuda encerra uma lição que vale para a ciência: O paciente precisa do amparo das palavras.


A palavra placebo (do latim agradarei) refere-se a uma substância ou um procedimento que teoricamente não faria efeito sobre o organismo, mas que acaba tendo resultados terapêuticos, pela crença que uma pessoa deposita nela. Pergunta: é o texto um placebo? No caso da ficção, pode-se dizer que sim. É algo que resulta da imaginação de um escritor, de um cineasta, de um dramaturgo; mas, quando agrada o espectador ou o leitor (um objetivo implícito na própria criação ficcional), exerce um efeito que poderíamos chamar de terapêutico. A ficção ajuda a viver. E isso inclui uma melhora da saúde – pelo menos do ponto de vista psicológico. Para muitas pessoas a leitura é um amparo, um consolo, uma terapia. Daí nasceu inclusive um gênero de livros que se tornou popular: as obras de autoajuda. Diferentemente da ficção, elas aconselham o leitor acerca de problemas específicos: luto, controle do stress, divórcio, depressão, ansiedade, relaxamento, autoestima, e até a felicidade. Esse tipo de leitura faz um enorme sucesso; não há livraria que não tenha uma seção destinada especialmente à autoajuda.

Um dos autores mais conhecidos dessa área é o médico hindu Deepak Chopra. Formado em medicina pela Universidade de Nova Déli, na Índia, emigrou para os Estados Unidos, especializou-se em endocrinologia e trabalhou no New England Memorial Hospital, em Massachusetts. Uma carreira médica habitual, portanto, que mudou em 1985, quando Chopra fundou a Associação Americana de Medicina Védica. Em 1993, mudou-se para San Diego, na Califórnia, onde fundou o The Chopra Center For Well Being. Ainda no mesmo estado, agora em La Jolla, criou em 1996 o Chopra Center. Fazendo um parênteses: a Califórnia é um conhecido reduto da vida e da medicina alternativas, como aromaterapia, osteopatia, toque terapêutico, terapia floral e outras.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Mario Quintana


"Não deixe de fazer algo que gosta devido à falta de tempo, a única falta que terá, será desse tempo que infelizmente não voltará mais."

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Pensamento


"Como um homem pensa em seu coração, assim ele é."

Um homem é aquilo que ele pensa em seu coração, sendo seu caráter a soma de todos os seus pensamentos.

domingo, 10 de janeiro de 2010

O trem da vida.


Quando nascemos, ao embarcarmos nesse trem, encontramos duas pessoas que, acreditamos, farão conosco a viagem até o fim: nossos pais. Não é verdade. Infelizmente, em alguma estação eles desembarcam, deixando-nos órfãos de seu carinho, proteção, amor e afeto. Mas isso não impede que, durante a viagem, embarquem pessoas interessantes e que virão a ser especiais para nós.

Embarcam nossos irmãos, amigos e amores. Muitas pessoas tomam esse trem a passeio. Outros fazem a viagem experimentando somente tristezas. E no trem há, também, pessoas que passam de vagão em vagão, prontas para ajudar quem mais precisa.

Muitos descem e deixam saudades eternas. Outros tantos viajam no trem de tal forma que, quando desocupam seus assentos, ninguém sequer percebe sua partida. Curioso é considerar que alguns passageiros que nos são tão caros acomodam-se em vagões diferentes do nosso. Isso nos obriga a fazer essa viagem separados deles. Mas claro que isso não nos impede de, embora com grande dificuldade, caminharmos pelos corredores e chegarmos até onde eles se encontram. O difícil é aceitar que não podemos nos assentar ao seu lado, pois outra pessoa estará ocupando esse lugar.

Essa viagem é assim: cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperas, embarques e desembarques.

Sabemos que esse trem jamais volta.
Façamos então essa viagem da melhor maneira possível, tentando manter um bom relacionamento com todos os passageiros, procurando em cada um deles o que possuem de melhor, lembrando sempre que, em algum momento do trajeto, poderão fraquejar e, provavelmente, precisaremos entender isso.

Nós mesmos fraquejaremos algumas vezes.. E, certamente, alguém nos entenderá. O grande mistério, afinal, é que não sabemos em qual parada vamos descer. E fico pensando: quando eu descer desse trem, sentirei saudade? Sim.

Deixar meus filhos viajando nele sozinhos será muito triste.

Separar-me de alguns amigos que fiz durante o trajeto, ficar longe do amor da minha vida, será para mim dolorido. Mas me agarro a uma esperança de que, em algum momento, estarei na estação principal, e terei a emoção de vê-los todos chegar com uma bagagem que não tinham quando embarcaram.

E o que me deixará mais feliz é saber que, de alguma forma, eu colaborei para que ela tenha crescido e se tornado valiosa. Agora, nesse momento, o trem diminui sua velocidade para que embarquem e desembarquem algumas pessoas. Minha expectativa aumenta à medida que o trem vai diminuindo a velocidade... Quem entrará? Quem sairá?

Eu gostaria que você pensasse no desembarque do trem não só como a representação da morte, mas também como o término de uma história que duas ou mais pessoas construíram e que, por algum motivo, deixaram desmoronar.

Ficamos felizes em perceber que certas pessoas têm a capacidade de sempre reconstruir para recomeçar. “Isso é sinal de garra e de luta, é saber viver, é saber extrair o melhor de todos os passageiros".

sábado, 9 de janeiro de 2010

Violência verbal é tão prejudicial quanto a física.


O marido vive dizendo para quem quiser (ou não) escutar que sua mulher não sabe nada, não é capaz e por aí em diante. Todos os dias o chefe ou outro profissional dispara adjetivos humilhantes a um colega de trabalho. “As pessoas estão acostumadas a associar a violência à sua forma física. Mas a violência psicológica, muitas vezes expressada verbalmente, pode ser ainda mais prejudicial”, afirma a consultora de etiqueta e comportamento Célia Leão, de São Paulo.

“Vivemos num contexto violento, seja no trânsito, nos relacionamentos, nos meios de comunicação e nas empresas”, diz Armando Rezende Neto, psicólogo voluntário do Ambulatório de Atendimento de Transtorno Obsessivo Compulsivo da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). E, segundo ele, viver numa situação de violência verbal repetitiva pode levar ao estresse, do leve ao crônico, com repercussões na saúde. “Se a pessoa tem propensão à depressão e à ansiedade, pode desencadear esses transtornos e até crises de síndrome do pânico. Já atendi pessoas que lidam com o público em entidades públicas e desenvolveram esses problemas”, conta.

Casal

Nos relacionamentos entre casais, essa situação ganha tons mais intensos. “É pior, pois a violência vem de uma pessoa próxima e amada, que, muitas vezes, conhece e ataca os pontos fracos”, diz Rezende.

Para Célia, que já presenciou cenas de um casal em que o marido diminuía a esposa o tempo todo, a situação é causada por baixa autoestima de ambas as partes. “O agressor precisa diminuir a vítima para se sentir melhor. E a vítima aceita a agressão por não se dar valor”, diz.

O melhor, segundo os profissionais é sair rapidinho dessa situação. “Resgatar a autoestima, aprender a dizer não, enfrentar sem usar a mesma agressividade, fazer psicoterapia e até se separar são alguns caminhos”, aponta Rezende.

Para quem presencia uma cena de violência verbal entre um casal, Célia Leão dá as seguintes dicas: não tome partido de um dos cônjuges, faça que não ouviu e mude de assunto e, dependendo do grau de amizade, alerte a vítima de agressão para o fato, mas em outro momento, nunca na frente do agressor.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Infidelidade masculina


Psicóloga defende infidelidade masculina no casamento.

Para estudiosa, a fidelidade não é natural ao ser humano.
No livro Les hommes, l'amour, la fidélité ("Os homens, o amor, a fidelidade"), Maryse Vaillant diz que a maioria dos homens precisa de "seu próprio espaço" e que para eles "a infidelidade é quase inevitável".
Segundo a autora, as mulheres podem ter uma experiência "libertadora" ao aceitarem que "os pactos de fidelidade não são naturais, mas culturais" e que a infidelidade é "essencial para o funcionamento psíquico" de muitos homens que não deixam por isso de amar suas mulheres.
Para Vaillant, divorciada há 20 anos, seu livro tem o objetivo de "resgatar a infidelidade". Segundo ela, 39% dos homens franceses foram infiéis às mulheres em algum momento de suas vidas.

"Fraqueza de caráter"

"A maioria dos homens não faz isso por não amar mais suas mulheres. Pelo contrário, eles simplesmente precisam de um espaço próprio", diz a psicóloga. "Para esses homens, que são na verdade profundamente monógamos, a infidelidade é quase inevitável", afirma.
Para Vaillant, os homens que não têm casos extraconjugais podem ter "uma fraqueza de caráter". "Eles são normalmente homens cujo pai era fisicamente ou moralmente ausente. Esses homens têm uma visão completamente idealizada da figura do pai e da função paternal. Eles não têm flexibilidade e são prisioneiros de uma imagem idealizada das funções do homem", afirma ela.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Sabe o que realmente desejo em 2010?



Que você tenha coragem de se declarar apaixonada por alguém... “apaixone-se e declare primeiro, não espere ser amada antes só por segurança”, se não for correspondida, lembre-se que o planeta tem mais de 6,6 bilhões de habitantes, não perca seu tempo em terapias por causa de apenas um que não te quis;

Que você cante, dance, lance pétalas de rosas de um helicóptero, chame os trovadores urbanos e publique nos jornais o seu amor;

Se alguém se declarar interessado e você não corresponder, tenha muito respeito e carinho por esta pessoa, pois ela a elegeu entre bilhões e teve coragem de lhe dizer o quanto você é especial e o quanto seria maravilhoso compartilhar a vida ao seu lado;

Que você convide alguém pra fazer sexo bom... e sexo bom, é com alguém com quem você queira dormir abraçada depois do êxtase;

Que o julgamento e as críticas dos solitários de plantão não te congelem o coração e que por eles, você tenha compaixão;

Enfim desejo que você procure e encontre alguém pra amar que valha a pena, mesmo que lhe chamem de idiota, ridícula e brega;

Tenha coragem de assumir que o que você realmente quer é alguém bacana pra compartilhar as coisas simples da vida...

Ah, mais quando encontrar, lembre-se que os pilares para um bom relacionamento são amor, respeito e confiança e que a liberdade é a base de sustentação desses pilares, sempre deixe seu amor livre, assim ele ficará ao seu lado porque também escolheu você...

Felizes declarações de amor explicito em 2010!!!

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

1º frase do ano

" Nossa maior tragédia é não saber o que fazer com a vida"
(José Saramago)