segunda-feira, 9 de março de 2009

MEU MURO.

MEU MURO


Construido aos poucos,
lentamente, devagar...
Com areia, cimento,
medos, vergonhas...

É o muro,
que não me deixa ver,
que abate as vontades...
Aprisiona os desejos...
Que inquieta nossa alma!

Construído aos poucos,
por nós mesmos,
pela dormência de nossa mente.

É o muro,
que impede a vida
que nos nega a liberdade
e nos sufoca!
Só não nos mata,
porque morremos ao construí-lo.

Invisível muro...
não o vejo
e nem me deixa ver.
Dediquei minha vida
à sua difícil construção.

É o muro,
de concreto
que me proteje...
De mim mesmo!

Construído aos poucos...
Lentamente...
Me conserva,
protegidamente,
morto!



Por,
Angelo Vintecinco Neto

Um comentário:

Unknown disse...

Muitas vezes vivemos sobre este muro e nao percebemos.....